AS GRAVES CONSEQUÊNCIAS DA SOBERBA
“É soberbo e nada sabe, mas delira acerca de
questões e CONTENDAS DE PALAVRAS, das quais nascem invejas, porfias,
blasfêmias, ruins suspeitas” (I Timóteo 6: 4).
A soberba leva as pessoas a procurar divergir de outras para
se auto-afirmar. Quando não há motivos reais para divergir, as pessoas procuram
encontrar contenda no uso das palavras. Embora se esteja falando da mesma
coisa, isso é ignorado, pois basta que as palavras sejam diferentes para o
soberbo contender.
No livro IV de seu COMENTÁRIO LITERAL AO GÊNESIS, Santo
Agostinho disse: “Com efeito, eu já disse que quando se conhece uma coisa, não
se há de preocupar a respeito de palavras".
Brigam por palavras os que não têm nada mais porque brigar.
De acordo com o texto de I Timóteo 6: 4, da soberba nasce a
contenda de palavras e a INVEJA. No livro XI do COMENTÁRIO LITERAL AO GÊNESIS,
Santo Agostinho explica:
“Mas, a inveja segue a
soberba, não a precede. A inveja não é motivo para ensoberbecer, mas a soberba
é motivo para invejar. Como a soberba é o amor à excelência própria e a inveja
é o ódio à felicidade alheia, logo se manifesta de onde nasce a inveja. Com
efeito, quando alguém ama sua excelência, inveja os que são iguais porque lhe
são equiparados, ou os inferiores, para não lhe serem equiparados, ou os
superiores, porque não conseguem iguala-los”.
Com a inveja, por sua vez, nascem as porfias, as blasfêmias
e as ruins suspeitas. Tudo, porém, nasce da soberba. Guardemos o nosso coração
da soberba, fonte de todos esses males.
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