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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

REF. DIA 24 DE AGOSTO: 2016 : A MISSÃO PASTORAL

A MISSÃO PASTORAL
“E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. ROGAMO-VOS TAMBÉM, IRMÃOS, QUE ADMOESTEIS OS DESORDEIROS, CONSOLEIS OS DE POUCO ÃNIMO, SUSTENTEIS OS FRACOS E SEJAIS PACIENTES PARA COM TODOS” (I Tessalonicenses 5: 12-14).

            Nos versículos acima citados, o apóstolo Paulo, depois de admoestar aos irmãos para sejam submissos aos pastores, ordena que eles admoestem e consolem os que precisam. É interessante que Paulo não diz para os pastores fazerem isso, mas, antes, ele ordena aos irmãos, os mesmos irmãos que deveriam se submeter aos pastores, para agirem assim.
            As pessoas costumam cobrar muito dos pastores uma ação personalizada (visitações, recreações com os irmãos, etc.) como se os pastores fossem oniscientes quanto aos problemas dos irmãos, não tivessem uma família para dar assistência e uma vida devocional para ser cultivada. A Bíblia, porém, manda os crentes admoestarem e consolarem uns aos outros. O pastor deve também fazer isso dentro das suas limitações, mas o fará como qualquer crente que zela pelo seu irmão.
            A função específica do pastor é manter o rebanho protegido dos lobos, ensinando a doutrina e formando cooperadores.
            Na Bíblia, nós não vemos Paulo fazendo visitas sistemáticas a irmãos. Nós o vemos pregando, escrevendo, orando e ensinando. A Bíblia diz que Paulo ensinou nas casas, em grupos familiares (Atos 20:20), mas não diz que saía fazendo visitas personalizadas. É claro que Paulo visitou os irmãos, mas isso não é destacado porque não fazia parte de sua tarefa especial de apóstolo, sendo, na verdade, o que cada irmão deve fazer.
            Os líderes fariseus é que tinham uma intensa vida social (Mateus 23: 6, 7). Gostavam de orar na casa das viúvas para lhes explorar a mesa (Marcos 12: 40).
            Nos conselhos de Paulo a Timóteo, nós vemos orientações sobre zelo doutrinário e critérios administrativos e disciplinares. Em nenhum lugar, nós encontramos Paulo recomendando a Timóteo um programa de visitas. Paulo diz a Timóteo é que cultive sua vida devocional e forme novos obreiros. Mais uma vez, nós observamos que Timóteo deve ter visitado os irmãos quando era necessário, mas isso não foi ressaltado por Paulo por já ser o dever de todo crente.
            Paulo disse a Timóteo que os hereges é que investiam em visitas sistemáticas nas casas (II Timóteo 3: 6). Essa não era a visita de casa em casa para evangelizar, mas era a visita ociosa a crentes. Paulo condenou mulheres desocupadas que iam de casa em casa (I Timóteo 5: 13).
            Pastores que vivem em casa alheia podem até ser “carismáticos”, mas como terão uma vida de oração e estudo da palavra (I Timóteo 4: 7, 13, 15; I Timóteo 5: 17)? Os apóstolos se recusaram a servir as mesas para se dedicarem ao ministério da Palavra e à oração (Atos 6: 2-4).
            O pastor que exerce bem a sua função é aquele que forma bons cooperadores para representa-lo. A Bíblia diz que os pastores foram dados para “o aperfeiçoamento dos santos, PARA A OBRA DO MINISTÉRIO” (Efésios 4: 12). Paulo deu a seguinte orientação a Timóteo:

“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Timóteo 2: 2).

            Paulo tinha inúmeros cooperadores para suavizar sua carga (II Cor. 8: 23; II Cor. 12: 18; Tito 1: 5: Filipenses 2: 28-30; Filipenses 4: 3; Filipenses 4: 7 - 10). Dada a sua responsabilidade (II Cor. 11: 28), Paulo é que precisava ser recreado pelos irmãos (I Cor. 16: 18).
            Já no Antigo Testamento foi estabelecida a lógica dos cooperadores. Leia com muita atenção o texto de Êxodo 18: 14-27.
            Há pastores que se dedicam mais ao governo e outros que labutam mais na Palavra e no Ensino (I Timóteo 5: 17). Tudo depende da vocação. Os que se dedicam a Palavra, entretanto, precisarão de mais tempo para isso, e, logo serão mais reclusos. John Piper, em seu livro SUPREMACIA DE DEUS NA PREGAÇÃO, diz que o Pastor e Avivalista Jonathan Edwards gastava “em média 13 horas por dia estudando”. Acrescenta ainda a essa informação o seguinte: “EDWARDS NUNCA PRATICOU A VISITAÇÃO PASTORAL REGULAR ENTRE SEU POVO (620 COMUNGANTES EM 1735). ELE O VISITAVA QUANDO ERA CHAMADO PELOS DOENTES... ENCORAJAVA QUALQUER UM QUE TIVESSE CONVICÇÃO RELIGIOSA A VIR A ELE, EM SEU ESCRITÓRIO, PARA ACONSELHAMENTO. EM SUA PRÓPRIA OPINIÃO, NÃO ERA UMA PESSOA SOCIÁVEL; ACREDITAVA AINDA QUE PODERIA FAZER O MAIOR BEM À ALMA DOS HOMENS E MELHOR PROMOVER A CAUSA DE CRISTO, PELA PALAVRA E PELA ESCRITA.”

            Esperamos que os leitores tenham concluído qual é a missão de cada crente e a missão dos pastores!

2 comentários:

  1. Excelente artigo, diria. Uma vez que a cristandade hoje tem uma ideia totalmente desvirtuada das reais funções de um Pastor! Tendo tais homens, não só como recreadores e animadores de palcos/ púlpitos, porém pobres de Palavra, da Sã doutrina que nem podem se dar como exemplo de vida devocional, porque is mesmos não a cultvam.
    As pessoas querem falsos socorros e criam vínculos de dependência emocional, espiritual e até financeira co. Pastores que são meros visitadores.
    Porém, não desprezo está atividade quando se faz necessária!
    Irmã Débora FIDÉLIS


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