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terça-feira, 2 de agosto de 2016

DIA 02 DE AGOSTO DE 2016: A ESPIRITUALIDADE EVANGÉLICA


          A ESPIRITUALIDADE EVANGÉLICA


“Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.”(Ageu 1: 5)

          A Bíblia nos convida constantemente a um auto-exame (II cor. 13: 5). Há até um momento institucional para isso na Ceia do Senhor (I Cor. 11: 28). Paulo, em suas cartas, fustigava os seus leitores para se examinarem (I Cor. 10:22-24).
          Os metodistas do século XVIII, assim como os pietistas luteranos, praticavam o auto-exame. Esse auto-exame não era uma introspecção egocêntrica, mas um colocar-se diante de Deus para ser por ele sondado. Não dependia da habilidade humana para uma auto-análise psicanalítica, mas era um ato espiritual, era uma exposição à luz divina.
          O corre-corre da vida, a redução da oração às petições por resoluções de problemas temporais e a redução da vida espiritual à leitura de livros de teologia, obscureceu a importância do legítimo auto-exame.
A meditação, a contemplação e aquilo que era chamado de “prática da presença de Deus” foram esquecidos. Tais coisas são vistas hoje como ócio e inatividade.
Alguns protestantes atuais, tendo em vista que não há interesse pela tradução das obras dos pietistas, metodistas e puritanos (muita literatura teológica dos puritanos tem sido traduzida, mas não a literatura devocional), têm buscado o fomento da espiritualidade a partir de autores católicos. Obras de padres e freiras têm sido lidas. Como a “espiritualidade” romanista é viciada por uma má teologia e por elementos de esoterismo grego, o resultado já é imaginável. Tais protestantes, entretanto, foram parar aí porque nós perdemos a verdadeira espiritualidade bíblica e evangélica.
Urge que, em nossos dias, haja uma redescoberta da espiritualidade evangélica. Não podemos ficar dependentes da “espiritualidade” católica, pois esta produziu muitas pessoas esquisitas, mas nunca gerou um avivamento espiritual. Precisamos daquela espiritualidade que fundamentou os grandes avivamentos. Precisamos de um novo movimento puritano, pietista ou metodista.
Embora durante a Reforma, houvesse uma forte resistência de Lutero e Calvino aos anabatistas, todos os movimentos de espiritualidade protestante aprenderam suas lições do anabatismo. O anabatismo era um movimento permanente de espiritualidade.

Desejo firmemente que nós, anabatistas da Moriá, voltemos às nossas fontes para liderarmos um movimento geral de retorno à espiritualidade evangélica. É hora de começarmos a fazer o nosso auto-exame...

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