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terça-feira, 30 de agosto de 2016

REF. DIA 30 DE AGOSTO 2016: A CLAREZA DAS ESCRITURAS


Por Glauco Barreira M. Filho
        
      Atualmente, é muito comum ouvir alguém dizer que a Bíblia é um livro complexo, porque é suscetível de diversas interpretações. Antigamente, nós ouvíamos os incrédulos e os católicos dizerem tais coisas, mas, agora, os próprios evangélicos estão dizendo isso também.
            Durante a Reforma Protestante, não apenas os crentes defenderam a autoridade da Bíblia e sua exclusividade como regra de fé e prática, mas também fizeram apologia de sua clareza. Clareza, aqui, não significa que a adoção de uma interpretação literal ingênua é o bastante. Significa, isto sim, que um estudo comparativo de passagens da Bíblia evidencia que só pode haver um sentido aceitável.
            Os católicos foram preparados por seus líderes para considerar a Bíblia um livro difícil. O objetivo disso era evitar que seus fiéis se abrissem a exposição da verdade feita por cristãos simples. Hoje, os católicos estão lendo a Bíblia, porque os evangélicos já não conhecem o santo livro como antes e, logo, não podem persuadi-los ou confundi-los. Por outro lado, a Bíblia católica vem carregada de comentários que torcem o sentido evidente da Escritura. O católico, porém, submisso cegamente à sua igreja e extasiado pelos inúmeros títulos acadêmicos de seus comentaristas, se deixa enganar livremente.
            Os incrédulos e “crentes” liberais, por sua vez, afirmam hoje a obscuridade da Bíblia e sua suscetibilidade a diversas interpretações pelo fato de não desejarem obedecer ao seu sentido evidente. Como o sentido real da Bíblia é um embaraço para sua comodidade carnal ou para sua mente “sofisticada”, o liberal (cristão professo ou incrédulo professo), não pode aceitá-lo, entregando-se, então, a um labirinto de interpretações mirabolantes.
           
            John Wesley, pregador e líder no grande avivamento do século XVIII, disse:

            “Dura palavra é esta para o ´homem natural’ que está vivo para o mundo e morto para Deus. Ele dificilmente será persuadido a recebê-la como verdade de Deus, a não ser que seja de tal forma modificada pela interpretação que não lhe reste nem aplicação e nem significação. Ele não aceita as palavras do Espírito de Deus, tomadas em seu sentido claro e óbvio, porque são loucura e, de fato, não pode entender porque elas se discernem espiritualmente”

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