Por: Glauco Barreira M. Filho
“Respondeu
Jesus: O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO; SE O MEU REINO FOSSE DESTE MUNDO,
LUTARIAM OS MEUS SERVOS, PARA QUE EU NÃO FOSSE ENTREGUE AOS JUDEUS; MAS AGORA O
MEU REINO NÃO É DAQUI” (João 18: 36).
As palavras de Jesus no texto acima
são claríssimas. Nelas, fica evidente que Jesus não quer o seu povo em
militância político-partidária cujo objetivo é se assenhorear do poder ou
concedê-lo a algum líder.
A igreja não tem programa político,
mas, sim, um programa de evangelização. A sua ética de não resistência é
incompatível com a força característica do poder político. A sinceridade cristã
é incompatível com o cinismo da política. A crença evangélica em valores
absolutos é incompatível com o pragmatismo da política.
Ser crente é ser separado do mundo e
a política é a esfera do mundo em que ele é mais mundano.
Quando nós, anabatistas, ensinamos o
que está aqui exposto, muita gente, inclusive cristãos professos, nos acusam de
sermos alienados, irracionais e coisas do tipo. Por esse motivo, resolvi
transcrever a opinião de um dos maiores sociólogos de todos os tempos. Ele não
era crente, mas estudou a religião cristã e, por conhecer a Bíblia, tirou suas
conclusões sobre o assunto. Seguem as palavras de Max Weber em seu livro “Ciência
e Política: duas vocações” :
“Quem deseja a salvação da própria
alma ou de almas alheias deve, portanto, evitar os caminhos da política que,
por vocação, procura realizar tarefas muito diferentes, que não podem ser
concretizadas sem violência. O gênio ou demônio da política vive em estado de
tensão extrema com o Deus do amor e também com o Deus dos cristãos; tal como
este se manifesta nas instituições da Igreja”
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