Início

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

REF. DIA 01 DE SETEMBRO DE 2016: CRENTES FORA DA POLÍTICA


Por: Glauco Barreira M. Filho

            “Respondeu Jesus: O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO; SE O MEU REINO FOSSE DESTE MUNDO, LUTARIAM OS MEUS SERVOS, PARA QUE EU NÃO FOSSE ENTREGUE AOS JUDEUS; MAS AGORA O MEU REINO NÃO É DAQUI” (João 18: 36).

            As palavras de Jesus no texto acima são claríssimas. Nelas, fica evidente que Jesus não quer o seu povo em militância político-partidária cujo objetivo é se assenhorear do poder ou concedê-lo a algum líder.
            A igreja não tem programa político, mas, sim, um programa de evangelização. A sua ética de não resistência é incompatível com a força característica do poder político. A sinceridade cristã é incompatível com o cinismo da política. A crença evangélica em valores absolutos é incompatível com o pragmatismo da política.
            Ser crente é ser separado do mundo e a política é a esfera do mundo em que ele é mais mundano.
            Quando nós, anabatistas, ensinamos o que está aqui exposto, muita gente, inclusive cristãos professos, nos acusam de sermos alienados, irracionais e coisas do tipo. Por esse motivo, resolvi transcrever a opinião de um dos maiores sociólogos de todos os tempos. Ele não era crente, mas estudou a religião cristã e, por conhecer a Bíblia, tirou suas conclusões sobre o assunto. Seguem as palavras de Max Weber em seu livro “Ciência e Política: duas vocações” :

            “Quem deseja a salvação da própria alma ou de almas alheias deve, portanto, evitar os caminhos da política que, por vocação, procura realizar tarefas muito diferentes, que não podem ser concretizadas sem violência. O gênio ou demônio da política vive em estado de tensão extrema com o Deus do amor e também com o Deus dos cristãos; tal como este se manifesta nas instituições da Igreja”

Nenhum comentário:

Postar um comentário