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domingo, 18 de setembro de 2016

REF. 18.09.2016: A PROVIDÊNCIA DE DEUS E O BENEFÍCIO DOS JUSTOS

A PROVIDÊNCIA DE DEUS E O BENEFÍCIO DOS JUSTOS
por: Rev. Glauco Barreira M. Filho

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.” (Romanos 8: 28).
        A providência de Deus guia os acontecimentos, enquanto o amor de Deus pelos que o temem faz convergir esses acontecimentos para uma situação que lhes seja favorável. Isso, todavia, não significa que só teremos prosperidade e bonança. O bem para o qual Deus faz convergir os acontecimentos de nossa vida é a nossa santificação, já que é por ela que nos aproximamos de Deus (o Sumo Bem) e obtemos louvor e galardão no porvir.
       Os irmãos de José venderam-no como escravo porque tinham inveja dele. Desejavam matar os sonhos que ele tinha constantemente, sonhos nos quais ele aparecia reinando sobre seus irmãos. O que eles fizeram, porém, terminou por contribuir para a realização dos sonhos de José, ou seja, dos planos de Deus para a sua vida (Gênesis 45: 4- 8).
Santo Agostinho explicou o seguinte para aqueles que indagam sobre porque Deus criou pessoas que se tornaram más:

“Portanto, como os justos progridem até por meio dos injustos e os piedosos, por meio dos ímpios, em vão se diz: ´Deus não deveria criar aqueles que ele sabia que seriam maus´. Com efeito, por que não deveria criar aqueles que ele sabia de antemão que haveriam de ser úteis para os bons, e assim nasçam  para serem úteis  para os bons, para exercitarem e porem de sobreaviso as vontades boas, e eles sejam castigados com justiça devido à sua vontade perversa?”

     Deus usa até mesmo o diabo para um fim proveitoso. Agostinho explica:

“Pelo contrário, por que não o criaria, se corrige a muitos pela sua justiça e providência, servindo-se do diabo? Por acaso não ouviste o Apóstolo Paulo que diz: ‘Os quais entreguei a Satanás, a fim de que aprendam a não mais blasfemar, e diz de si mesmo: Para eu não me encher de soberba, foi-me dado um aguilhão na carne – um anjo de Satanás para me bater?”
         Os hereges, por mais perversos que tenham sido, levaram a igreja a reagir aos seus ensinos, permitindo, assim, que ela firmasse sua ortodoxia, aprofundasse seus dogmas e desvendasse mistérios (I Cor. 11: 9). Agostinho diz:

“A Divina Providência permite a existência de muitos hereges em muitos erros, a fim de que, quando nos insultam e nos fazem perguntas sobre o que ignoramos, de tal modo venhamos a sacudir a preguiça que ansiemos por conhecer as divinas Escrituras.”

Diante de tudo isso, não temos de que murmurar, mas temos muito que agradecer. Vivamos, pois, em santificação e encomendemos nossas vidas aos cuidados do único Deus verdadeiro, para sempre bom e soberano!


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