A FALSA DOUTRINA DA IRRESSISTIBILIDADE DO SEXO
por: Rev. Glauco Barreira M. Filho
“Os manjares são para o ventre, e o ventre,
para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo
não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.” (I Cor.
6: 13).
Vivemos em uma civilização erótica
desde a chamada “revolução sexual”. As mulheres têm orgulho de serem sexy.
As roupas curtas e decotadas que estão na moda são as mesmas roupas que no
passado caracterizavam as prostitutas. As propagandas de roupas e outras coisas
são acompanhadas de obscenidades, linguagem de duplo sentido e pornografia. Os
outdoors exibem mulheres sem roupas ou em posição erótica. As revistas
pornográficas e os DVDs com filmes eróticos estão na cara de todos os que
freqüentam bancas de revistas ou locadoras de filmes. Praticamente não há
filmes ou novelas sem cenas indecentes ou apologia da prostituição e do
adultério.
As propagadas de preservativos e a
“luta” contra a AIDS (na verdade, uma luta para a perversão da sociedade) incentivam
jovens e adolescentes a prática precoce do sexo. Faz-se defesa do
homossexualismo e do lesbianismo. Os programas de humor “alegram” as pessoas
com obscenidades. As piadas são quase todas eróticas.
Ninguém imagina uma amizade entre um
homem e uma mulher sem segundas intenções. Uma amizade entre dois homens, por
sua vez, é vista como sinal de pretensões homossexuais. As pessoas não se
lembram que em outros períodos, como na Idade Média, eram comuns as amizades
filosóficas entre homens e as amizades poéticas entre um homem e uma mulher.
Dentro de um ambiente carregado de
impureza sexual, as tentações obviamente aumentam, pois a sensualidade parece
estar no ar. Para completar, há uma visão animalesca do ser humano. O homem é
visto como fruto da evolução biológica, um mero animal que desenvolveu
autoconsciência, um amontoado de instintos. Assim, concluem que o homem não
deve restringir os instintos, que isso pode causar distúrbios psicológicos.
A Bíblia diz que “como o homem
imagina no coração, assim ele é”. Isso significa que se as pessoas se
enxergarem como animais cujos instintos devem ser satisfeitos a qualquer custo,
a fornicação e o adultério lhes parecerão irresistíveis. Na verdade, o homem
pode viver sem sexo, e não só o crente, mas até mesmo o incrédulo. A questão é
que num mundo carregado de erotismo em que as pessoas se vêem como animais o
sexo é visto como irresistível. Essa crença é cultural, mas, interiorizada,
ganha força semelhante às forças da natureza.
Fico triste quando vejo pastores apressando
o casamento de jovens para “livrá-los da fornicação”. Fico decepcionado também
por conselheiros matrimoniais que dão a entender que o casamento não sobrevive
sem vida sexual intensa. Para suprir a deficiência, aparecem remédios,
tratamentos etc. Quando explico a pastores que sou contra o uso de
anticoncepcionais e que só aceito o controle de natalidade pela abstinência
regulada, eles me perguntam: “E como o casamento vai sobreviver?”. Tudo isso
evidencia a absorção do espírito mundano por líderes eclesiásticos. Embora o
sexo seja lícito e puro dentro do casamento, o corpo não foi feito para o sexo
como o manjar para o ventre, mas o corpo é para o Senhor e o Senhor para o
corpo! Não somos animais, somos criaturas feitas à imagem e semelhança de Deus!
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