JESUS E A BÍBLIA
Os
cristãos genuinamente evangélicos acreditam que a Bíblia é infalível e
inerrante, pois foi verbalmente inspirada por Deus. Essa doutrina, entretanto,
não é fruto da dogmática histórica da igreja institucionalizada. Ela foi
afirmada pelo próprio Jesus, que é a verdade (João 14:6) e a testemunha fiel
(Apocalipse 3: 14). Jesus falou da inspiração verbal das Escrituras quando
disse que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá
da lei sem que tudo seja cumprido (Mateus 5: 18). Revelou a autoridade
espiritual da Bíblia quando enfrentou o diabo, dizendo-lhe: Está escrito
(Mateus 4: 4, 7 e 10). Jesus falou da infalibilidade da Bíblia quando disse: A
Escritura não pode falhar (João 10: 35). Jesus citou e argumentou com as Escrituras,
falou do cumprimento das profecias e aplicou-as a si.
Jesus
começou seu ministério pela leitura do profeta Isaías (Lucas 4: 17 – 21). É
interessante observar que Jesus leu um texto de Isaías como sendo (como de fato
é) de Isaías, quando alguns críticos modernos julgam que esse capítulo que
Jesus leu é de um outro autor que fez um enxerto ao livro, ou seja, um
pseudo-Isaías. Jesus, assim, contestou a crítica moderna da Escritura.
Em
questões éticas, Jesus não se limitou a uma leitura superficial da lei, mas fez
uma hermenêutica profunda. Foi assim que viu o amor como cerne da lei e deu
propósito ao sábado. Quando, porém, se referiu a fatos históricos narrados na
Bíblia, não os viu como simples mitos (Bultmann) ou como lendas (Barth) a serem
desvendadas por uma interpretação existencial.
Jesus
sabia da ocorrência de um dilúvio universal, e, por isso, comparou esse fato
com outros relacionados à sua vinda (Mateus 24: 37-39). Falou da veracidade dos
fatos relativos à destruição de Sodoma e Gomorra (Lucas 17: 28, 29). Jesus
mostrou que o fato de Jonas ter estado no ventre de um grande peixe era tão
certo quanto a sua ressurreição (Mateus 12: 40, 41). Jesus ensinou que a
humanidade procedia de um só casal, e, com base nisso, sustentou a
indissolubilidade do casamento (Mateus 19: 4-6). Sobre isso, o apóstolo Paulo
também se pronunciou em Atos 17: 26.
Diante
de tudo isso, pergunta-se: Pode ser cristão quem não crer na inspiração e
historicidade dos relatos bíblicos? Pode crer em Cristo quem não crê em suas
palavras? A Bíblia responde:
“À
lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a
alva.” (Isaías 8: 20)
“Pelo
que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois havendo recebido a palavra da
pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na
verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes”
(I Tessalonicenses 2: 13)
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