Início

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

REF. 16.09.2016: O PAPEL PROFÉTICO DA IGREJA


O PAPEL PROFÉTICO DA IGREJA

            Como anabatistas, nós nos mantemos distantes da política partidária. A igreja deve manter-se separada do Estado e o crente individual da militância político-ideológica. Não há nenhuma ideologia secular que nos satisfaça e o Novo Testamento não nos ensina nenhuma ideologia ou utopia política. Nós aguardamos o reino de justiça que será possível apenas com o regresso de Jesus.
            Isso tudo, porém, não significa que nós nos manteremos passivos diante da injustiça. O crente deve evidenciar a sua fé mediante obras de piedade (santidade pessoal) e de misericórdia (santidade social). Também devemos protestar contra os pecados individuais e sociais. A igreja é sal da terra e luz do mundo. Nós somos a consciência de um mundo sem consciência.
            Os profetas do Antigo Testamento denunciavam os opressores do povo e chamavam a nação a um arrependimento coletivo. O papel da igreja é profético. Ela deve denunciar os pecados individuais e coletivos, condenar a opressão e chamar ao arrependimento. A sua filosofia de não-resistência, todavia, a impede de se envolver em empreendimentos revolucionários e desumanos. A igreja tem uma só arma: A palavra. A sua fibra está na prontidão para o martírio.
            Cabe aos pregadores do evangelho serem censores das autoridades. Devemos apontar a verdadeira responsabilidade dos pais, dos educadores e do Estado. A igreja deve falar a cada estamento social. Deve denunciar os crimes econômicos (usura, altos preços, concorrência desleal) e os vícios sociais (consumismo, pornografia, coisificação do ser humano, erotização precoce dos adolescentes, etc).
            A igreja fala de uma perspectiva teológica. Ela não é porta-voz de um partido ou de uma ideologia secular, mas de Deus. A sua linguagem não é política, mas bíblica.
            Para a igreja fazer soar a voz profética, ela tem que ser modelo para a sociedade. Dentro dela deve reinar o amor, a honestidade, a confiança, a disciplina e a fidelidade. Os pobres devem ser assistidos e os idosos devem ser respeitados. A igreja deve ser o lugar da santidade, da “koinonia” (comunhão) e da “diaconia” (serviço).
            Não somos militantes da política partidária, mas não somos passivos. Não encontramos nossa missão em uma ideologia, mas na “profecia”! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário