OS CÍNICOS DOS ÚLTIMOS DIAS
Alguns sociólogos e filósofos
dizem que estamos vivendo a era da razão cínica. Pensamentos são desenvolvidos
com indiferença para o certo e para o errado, como se o homem estivesse acima
do bem e do mal. As pessoas fazem de conta que não há padrões morais, ou,
então, admitindo-os, praticam o pecado, mas não o reconhecem em suas vidas, não
sentem peso na consciência. Nas igrejas, há pessoas pecando com frieza,
mentindo sem sentirem-se culpadas, sendo infiéis nos contratos. Para piorar,
alegam sua “paz” e sua “tranqüilidade” como provas de que não estão fazendo
nada de errado, como se os que as denunciam é que fossem injustos.
Na época do profeta Isaías, esse
cinismo já era conhecido:
“Não tragais mais ofertas
debalde; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, e os
sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade e o
ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova, e vossas
solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado
de as sofrer. ” (Isaías 1: 13, 14).
Deus já estava irado com a
calma cínica daquele povo. Veja Isaías 58: 1- 11.
Nos
dias dos apóstolos, muitos cínicos estavam infiltrados nas congregações
semeando contenda e exibindo seu mau testemunho com total indiferença ética.
Pedro diz que eles viviam engodando as almas inconstantes (II Pedro 2:
14), isto é, os menos experientes. Sobre eles, disse Pedro:
“Porque,
falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da
carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em
erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção.
” (II Pedro 2: 18-19).
Judas dá
o perfil desse tipo de gente:
“Estes são manchas
em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si
mesmos sem temor, são nuvens sem água, levadas pelos ventos de
uma para outra parte; são árvores murchas, infrutíferas, duas vezes
mortas, desarraigadas. ” (Judas 12)
Note
que Judas diz que eles se apascentam a si mesmos sem temor, ou seja,
eles não reconhecem autoridade, fazem como querem sem se orientar pela
sabedoria de pastores. São levados pelos ventos de uma parte para outra (estrelas
errantes – Judas 13), ou seja, não se fixam em nada, são inconstantes. São árvores murchas, nuvens ou fontes
sem água (I Pedro 2: 17). Anunciam muita coisa, mas não fazem nada
frutífero.
Os
cínicos são atrevidos, obstinados, não receiam blasfemar das
autoridades (II Pedro 2: 10). Falam mentiras tranqüilamente, pois
têm cauterizada a sua própria consciência (I Timóteo 4: 2). São avarentos,
presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos,
profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que de Deus, tendo aparência de
piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são
os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de
pecados, levadas de várias concupiscências, que aprendem sempre e nunca podem
chegar ao conhecimento da verdade.... Não irão, porém avante; porque a todos
será manifesto o seu desvario. ” (II Timóteo 3: 5 - 9)
Os
cínicos proliferarão nos últimos dias, trazendo aos pastores tempos
trabalhosos (II Timóteo 3: 1). Cabe a toda a igreja orar para que Deus nos
livre deles!