“O
ANTIGO QUE SE FAZ NOVO”
Arrependimento
Por: Rev. Glauco Barreira M. Filho
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos... “ (Atos 3: 19)
Uma das palavras mais mencionadas no
Novo Testamento é “arrependimento”. Arrepender-se significa mudar de visão ou
de perspectiva de vida. Literalmente quer dizer “mudar de mente”. Em Atos 3:
19, Pedro enfatizou ainda mais essa questão quando somou à expressão
“arrependimento” a expressão “conversão”. Sem arrependimento, não há fé
legítima, não há salvação. O arrependimento é a infraestrutura da fé, seu
alicerce.
Quem se arrepende, produz novos frutos (Mateus 3: 8), confessa os
seus pecados a quem feriu ou publicamente a todos (Mateus 3: 6). Quem se
arrepende, se compromete com a mudança. O batismo, por exemplo, é um selo de
compromisso (Mateus 3: 6).
Aquele que se
arrepende sente vergonha pelos seus pecados (Romanos 6: 21, 22), abomina o mal
(Romanos 12: 9; Judas 23; Mateus 5: 29, 30). Quem se arrepende, extirpa a chaga
do coração (mágoa, ressentimento, amargura, malícia, maledicência, ira, ciúme,
inveja, espírito faccioso).
É possível
alguém sentir contrição pelos pecados através do Espírito Santo e não se
converter. É possível experimentar os poderes do mundo vindouro sem conversão
(Hebreus 6: 1-8). Muitos que não se arrependeram alegarão no dia do juízo que
falaram em línguas ou profetizaram na vida terrena, mas não serão ouvidos
(Mateus 7: 21-23).
Arrependimento
não é remorso pelos pecados cometidos, mas é atitude resoluta contra eles.
Arrependimento não é lamentação pelas conseqüências do pecado, mas repúdio pelo
mal intrínseco a ele.
O
arrependimento envolve um “de” e um “para”. Nós nos arrependemos dos pecados para servir a Deus ( I Tessalonicenses 1: 9,
10). Quem se arrepende, volta-se para Deus. Passa a amá-lo de todo o coração,
alma, força e entendimento. Não salvação sem um amor fervoroso a Cristo. O
crente não é alguém que vive envolvido em “política de igreja”. Seus assuntos
não são problemas eclesiásticos ou administrativos. Sua preocupação não é com a
estrutura do templo ou com a existência de programações interessantes para sua
sociabilidade sensitiva. O crente também não vive de um legalismo estéril. Ele
ama a doutrina na medida em que ela entroniza Cristo. Sua linguagem sobre
assuntos bíblicos não é acadêmica, mas devocional. Ele fala de Jesus e não dos
outros.
Ser crente é amar
Jesus e a sua Palavra. É ter um relacionamento vital com o Deus vivo e
verdadeiro. É ouvir a sua voz, derramar a alma diante dele. Desejar saber a sua
vontade e a ela se submeter sem restrição. Ah... Como eu desejaria ver pessoas
que amam a Cristo! Pessoas que não desejam posição, ocupação institucional,
oportunidade de ser notado pelos homens, mas apenas a Cristo!
“Desejo conhecê-lo e ao poder da sua
ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua
morte” (Filipenses 3: 10)