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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

“O ANTIGO QUE SE FAZ NOVO
Arrependimento
Por: Rev. Glauco Barreira M. Filho

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos... “ (Atos 3: 19)

   Uma das palavras mais mencionadas no Novo Testamento é “arrependimento”. Arrepender-se significa mudar de visão ou de perspectiva de vida. Literalmente quer dizer “mudar de mente”. Em Atos 3: 19, Pedro enfatizou ainda mais essa questão quando somou à expressão “arrependimento” a expressão “conversão”. Sem arrependimento, não há fé legítima, não há salvação. O arrependimento é a infraestrutura da fé, seu alicerce.
     Quem se arrepende, produz novos frutos (Mateus 3: 8), confessa os seus pecados a quem feriu ou publicamente a todos (Mateus 3: 6). Quem se arrepende, se compromete com a mudança. O batismo, por exemplo, é um selo de compromisso (Mateus 3: 6).

     Aquele que se arrepende sente vergonha pelos seus pecados (Romanos 6: 21, 22), abomina o mal (Romanos 12: 9; Judas 23; Mateus 5: 29, 30). Quem se arrepende, extirpa a chaga do coração (mágoa, ressentimento, amargura, malícia, maledicência, ira, ciúme, inveja, espírito faccioso).

     É possível alguém sentir contrição pelos pecados através do Espírito Santo e não se converter. É possível experimentar os poderes do mundo vindouro sem conversão (Hebreus 6: 1-8). Muitos que não se arrependeram alegarão no dia do juízo que falaram em línguas ou profetizaram na vida terrena, mas não serão ouvidos (Mateus 7: 21-23).

     Arrependimento não é remorso pelos pecados cometidos, mas é atitude resoluta contra eles. Arrependimento não é lamentação pelas conseqüências do pecado, mas repúdio pelo mal intrínseco a ele.

     O arrependimento envolve um “de” e um “para”. Nós nos arrependemos dos pecados para servir a Deus ( I Tessalonicenses 1: 9, 10). Quem se arrepende, volta-se para Deus. Passa a amá-lo de todo o coração, alma, força e entendimento. Não salvação sem um amor fervoroso a Cristo. O crente não é alguém que vive envolvido em “política de igreja”. Seus assuntos não são problemas eclesiásticos ou administrativos. Sua preocupação não é com a estrutura do templo ou com a existência de programações interessantes para sua sociabilidade sensitiva. O crente também não vive de um legalismo estéril. Ele ama a doutrina na medida em que ela entroniza Cristo. Sua linguagem sobre assuntos bíblicos não é acadêmica, mas devocional. Ele fala de Jesus e não dos outros.

   Ser crente é amar Jesus e a sua Palavra. É ter um relacionamento vital com o Deus vivo e verdadeiro. É ouvir a sua voz, derramar a alma diante dele. Desejar saber a sua vontade e a ela se submeter sem restrição. Ah... Como eu desejaria ver pessoas que amam a Cristo! Pessoas que não desejam posição, ocupação institucional, oportunidade de ser notado pelos homens, mas apenas a Cristo!


“Desejo conhecê-lo e ao poder da sua ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte” (Filipenses 3: 10) 



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