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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Ref. Dia 06.10.2016: O Profeta Malaquias e o Dízimo

O PROFETA MALAQUIAS E O DÍZIMO
por: REV. Glauco Barreira M. Filho

“... Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis:  EM QUE HAVEMOS DE TORNAR? Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: EM QUE TE ROUBAMOS? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com MALDIÇÃO sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, VÓS, TODA A NAÇÃO. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na MINHA CASA, e depois FAZEI PROVA DE MIM, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma benção, que dela vos advenha a maior abastança. E, por cauda de VÓS, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o FRUTO DA TERRA; e a VIDE NO CAMPO não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma TERRA DELEITOSA, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3: 7-12)


Creio que o mandamento do dízimo é vigente em nossos dias, pois os que viveram antes de a lei de Moisés ser dada já davam o dízimo (Gênesis 14: 20; Gênesis 28: 22). Além disso, o dízimo foi confirmado (Mateus 23: 23) e prescrito no Novo testamento (Hebreus 7: 8).
            Não é, porém, com base no texto de Malaquias 3 que advogo o dízimo. Esse texto refere-se ao mandamento do dízimo como prescrito para Israel, daí as referências feitas à nação (“toda a nação”, “sereis terra deleitosa”), e nos termos da lei de Moisés.
            Só podemos citar Malaquias para falar do dízimo no Novo Testamento através de uma analogia, nunca por uma interpretação literal.
            Vejamos algumas observações sobre Malaquias 3 que evidenciam falsas interpretações que tem sido dadas hoje a esse texto:

1.    No versículo 7, Deus fala a Israel que a nação se afastou de vários mandamentos. Observa, porém, que ela não nota isso. No versículo 8, Deus diz que a nação lhe rouba por sonegar o dízimo, mas ela cinicamente demonstra desconhecimento do fato. É dentro desse contexto que a Bíblia diz que a nação está sob maldição. Quando Deus diz “fazei prova de mim”, Ele não está lançando um desafio financeiro, antes, está dizendo que, após a nação se corrigir e ver a maldição removida, ela perceberá que não vinha progredindo por causa da desobediência. O desafio é moral. É como se Deus dissesse: “Vocês acham que não estam pecando, então, me obedeçam. Quando vocês virem a benção, perceberão que estavam antes em pecado.”
2.    A promessa de benção não é individual, mas nacional (“sereis uma terra deleitosa”). A prosperidade era comunitária. Deus está prometendo colheitas fartas, dizendo que repreenderá o gafanhoto devorador para que não coma o fruto da terra e que não deixará a vide ser estéril. O produto dessa colheita era distribuído ENTRE todos. Todos tinham o NECESSÁRIO, enquanto a nação, como um todo, tinha uma grande benção.
3.    Deus não promete ouro ou prata (satisfação da vaidade), mas o fruto da terra e da vide, ou seja, o alimento (satisfação da necessidade)
4.    Deus diz para trazer dízimo para que haja mantimento em SUA CASA. No Antigo Testamento, a casa de Deus era um único lugar (o templo). Isso mostra, de modo análogo, que Deus não quer apenas que venhamos a dar o dízimo, mas, sim, que venhamos a dá-lo no lugar certo, ou seja, em uma igreja que guarda e prega a sã doutrina. Fora dela, a desobediência continua... 



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