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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Ref. Dia 12.10.2016: A PALAVRA EXPERIMENTAL

“O ANTIGO QUE SE FAZ NOVO”
Por: Rev . Glauco Barreira M. Filho
A PALAVRA EXPERIMENTAL
“...As palavras que eu vos disse são espírito e vida.” (João 6:63)

Uma das verdades imprescindíveis para as convicções evangélicas é a crença na Bíblia como única regra de fé e prática. Trata-se do chamado princípio formal da Reforma. Por ele se reconhece ao texto sagrado a qualidade de autoridade final em assuntos espirituais. A Bíblia é tida como infalível e inerrante, tendo sido inspirada verbalmente pelo Espírito Santo. Os reformadores e os anabatistas adotavam uma interpretação histórica e literal (mas não ingênua) da Bíblia, repudiando a interpretação alegórica que procurava conciliar a Palavra de Deus com a filosofia ou com uma pretensa tradição que ultrapassava a Escritura.
No século XIX, surgiu um movimento dentro do protestantismo que encaminhou um amplo segmento para a apostasia: o liberalismo teológico. Seus defensores queriam subordinar a Bíblia a  uma cosmovisão científica ou filosófica. Pertenceram ao liberalismo teólogos como Scheleirmacher, Bultmann e Paul Tilich. A partir daí, se começou a falar em protestantismo evangélico e protestantismo não evangélico (ou liberal). Os liberais nunca conheceram o real evangelho de Cristo, mas também é verdade que há muitos evangélicos que nunca tiveram uma genuína experiência de salvação. Os liberais se afastaram de Deus por divinizarem o intelecto, mas, também, muitos evangélicos divinizaram as emoções, confundindo a regeneração com uma experiência superficial.
A palavra de Cristo deve se tornar vida, e, com isso, revolucionar a história do homem. Deve mudar sua linguagem, vestimentas, hábitos, padrões, companhias, etc.
Não nos basta repetir as eloqüentes declarações de fé dos que nos antecederam no evangelho. Uma confissão de fé não é uma fórmula a ser memorizada, mas um testemunho vivo de um povo que foi desafiado a se manifestar acerca da fidelidade às suas convicções. A pergunta que se deve fazer não é se concordamos ou não com as confissões de fé dos antepassados, mas, sim, se podemos assumir aquelas confissões como sendo nossas, ou seja,  se a nossa experiência cristã nos permite concluir que aquilo é verdade.
A palavra deve se tornar experiência, deve vivificar, deve nos unir com os mártires e fiéis do passado. No cristianismo, não se valoriza apenas uma palavra, mas a Palavra que se fez carne.


SOLI DEO GLORIA.

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