A teoria da evolução de Darwin tem sido bem aceita por
católicos, humanistas e protestantes liberais (modernistas).
Conforme
se pode depreender dos pronunciamentos papais a favor da teoria evolucionista,
o catolicismo abraçou o darwinismo. Isso interessa ao catolicismo porque a
aceitação da evolução leva a uma necessidade de alegorização do texto do
Gênesis, tornando o seu sentido extremamente complexo.
Uma das
grandes divergências entre o catolicismo e o protestantismo ortodoxo foi a
questão da clareza da Escritura. Os protestantes asseveravam no século XVI que
todos poderiam examinar livremente a Escritura para encontrar a verdade porque
a Escritura era clara. A igreja romana rejeitava a clareza da Escritura,
defendendo sua complexidade e a necessidade da interpretação alegórica. Segundo
ela, o sentido oculto das Escrituras só pode ser desvendado pela “igreja”
papal, a qual conhece uma pretensa tradição oral que serve de chave para abrir
o sentido.
Uma das
grandes refutações à teoria da evolução é a defesa de políticas de preservação
de espécies em extinção. Se os mais fortes devem prevalecer, porque se deve
proteger os mais fracos? A explicação de alguns é que o homem evoluiu até o
ponto de se tornar o responsável pela continuidade do seu próprio processo de
evolução, bem como dos demais seres vivos. Nesse caso o homem, sem um criador,
se torna o administrador do mundo, ou seja, se transforma em Deus. É por essa
divinização do homem e pela exclusão de Deus que o humanismo secular abraça a
teoria da evolução.
Os
protestantes liberais ou apóstatas são aqueles que se desviaram dos princípios
da Reforma do século XVI para abraçar um “cristianismo acadêmico”. Eles
sujeitam o sentido da Escritura às ciências seculares, fazendo, inclusive,
crítica da validade dos documentos sagrados e de suas narrações. Para conciliar
o Gênesis com a teoria da evolução, os liberais dizem os evolucionistas (ateus
na sua maioria) irão dizer que sentido se deverá dar as informações contidas no
Gênesis.
O
protestantismo ortodoxo e o fundamentalismo bíblico são hoje os grandes
adversários da teoria da evolução. Aceitá-la seria negar a clareza da Escritura
e sua auto-suficiência. Para a lógica do protestantismo bíblico, é imprescindível
ser contra a teoria da evolução. Por outro lado, ela não se baseia em fatos
incontestáveis e nega frontalmente o relato bíblico da criação.
Uma igreja que
aceita a teoria da evolução ou não se pronuncia frontalmente contra ela nega
sua herança reformada ou fundamentalista.
Não existe
protestantismo legítimo conciliável com o evolucionismo!!
Pr. Glauco Barreira M. Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário