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quarta-feira, 27 de março de 2019

O ANTIGO QUE PERMANECE NOVO: CATÓLICOS, HUMANISTAS, PROTESTANTES E A TEORIA DA EVOLUÇÃO


A teoria da evolução de Darwin tem sido bem aceita por católicos, humanistas e protestantes liberais (modernistas).
            Conforme se pode depreender dos pronunciamentos papais a favor da teoria evolucionista, o catolicismo abraçou o darwinismo. Isso interessa ao catolicismo porque a aceitação da evolução leva a uma necessidade de alegorização do texto do Gênesis, tornando o seu sentido extremamente complexo.
Uma das grandes divergências entre o catolicismo e o protestantismo ortodoxo foi a questão da clareza da Escritura. Os protestantes asseveravam no século XVI que todos poderiam examinar livremente a Escritura para encontrar a verdade porque a Escritura era clara. A igreja romana rejeitava a clareza da Escritura, defendendo sua complexidade e a necessidade da interpretação alegórica. Segundo ela, o sentido oculto das Escrituras só pode ser desvendado pela “igreja” papal, a qual conhece uma pretensa tradição oral que serve de chave para abrir o sentido.
Uma das grandes refutações à teoria da evolução é a defesa de políticas de preservação de espécies em extinção. Se os mais fortes devem prevalecer, porque se deve proteger os mais fracos? A explicação de alguns é que o homem evoluiu até o ponto de se tornar o responsável pela continuidade do seu próprio processo de evolução, bem como dos demais seres vivos. Nesse caso o homem, sem um criador, se torna o administrador do mundo, ou seja, se transforma em Deus. É por essa divinização do homem e pela exclusão de Deus que o humanismo secular abraça a teoria da evolução.
Os protestantes liberais ou apóstatas são aqueles que se desviaram dos princípios da Reforma do século XVI para abraçar um “cristianismo acadêmico”. Eles sujeitam o sentido da Escritura às ciências seculares, fazendo, inclusive, crítica da validade dos documentos sagrados e de suas narrações. Para conciliar o Gênesis com a teoria da evolução, os liberais dizem os evolucionistas (ateus na sua maioria) irão dizer que sentido se deverá dar as informações contidas no Gênesis.
O protestantismo ortodoxo e o fundamentalismo bíblico são hoje os grandes adversários da teoria da evolução. Aceitá-la seria negar a clareza da Escritura e sua auto-suficiência. Para a lógica do protestantismo bíblico, é imprescindível ser contra a teoria da evolução. Por outro lado, ela não se baseia em fatos incontestáveis e nega frontalmente o relato bíblico da criação.
Uma igreja que aceita a teoria da evolução ou não se pronuncia frontalmente contra ela nega sua herança reformada ou fundamentalista.
Não existe protestantismo legítimo conciliável com o evolucionismo!!

Pr. Glauco Barreira M. Filho

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