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sexta-feira, 17 de junho de 2016

DIA 17 DE JUN 2016: APÓSTATAS UNIVERSITÁRIOS ( REV. GLAUCO BARREIRA M. FILHO)


APÓSTATAS UNIVERSITÁRIOS
Por: Glauco Barreira M. Filho

     Há muitas pessoas que se dizem “crentes” até entrarem numa universidade ou ganharem algum status cultural. A partir daí elas interpretam sua antiga “vida cristã” na igreja como um período infantil no qual lhes faltava “maturidade”. Julgam que estiveram na igreja em um período de “crise existencial”. Talvez até admitam que, naquela época, a igreja lhes tenha dado algum conforto. Agora, porém, “cresceram” e não precisam desse “paliativo” para os fracos.
      Essas pessoas se admiram de no passado terem crido nas afirmações do fundamentalismo bíblico com tão poucas evidências. Talvez até ainda se considerem cristãs, mas são liberais.
        Essa narrativa é velha e eu já estou acostumado com ela. Ela se refere não só a simples membros de igreja, mas também a pastores que têm acesso a uma formação acadêmica mais elevada. A existência, porém, de crentes bíblicos e ortodoxos com elevada formação acadêmica e intelecto privilegiado prova que havia alguma coisa errada com aqueles que apostataram da fé pelo “conhecimento”. Era algo neles e não no evangelho que estava errado.
            
        Richard Baxter, pregador puritano do século XVII, explicou-nos o que acontece:

            “Não é simplesmente a fé mais confiante que se mostra sempre como a mais forte e confirmada. Deve haver fundamentos e evidências seguras em suporte a esta confiança; do contrário, tal confiança pode ser logo abalada, e acaba não sendo sadia, mesmo que pareça não se abalar... É costume do diabo e dos seus instrumentos enganadores mostrar aos novos convertidos as fraquezas dessas evidências iniciais, e, então, levá-los a concluir que suas evidências de fé se reduzem a nada; pois é muito fácil persuadir tais pessoas de que as verdades em que creram não se baseiam em evidências tão sólidas assim, já que não discerniram outras melhores. Por outro lado, paradoxalmente, os novos convertidos são também facilmente levados a superestimarem seus conhecimentos, como se não houvesse razões melhores para a verdade do que as que eles alcançaram; e acham, assim, que as outras pessoas não têm tanto discernimento quanto eles. Assim, algumas dessas pobres almas abandonam a verdade na qual deveriam ser edificadas e confirmadas, e consideram como argumento contra a verdade aquilo que é apenas uma prova da sua própria fraqueza.
            “Eu conheci pouquíssimas pessoas que se voltaram para alguma heresia ou seita, cuja causa não tenha sido esta. Eles, a princípio, professavam a verdade, mas não estavam alicerçados em razões seguras e firmes; eles a professavam firmados em razões insuficientes. Então, ao se depararem com algum enganador, duvidaram dos argumentos em que se firmavam, e então, não tendo razões melhores, abandonaram a verdade, concluindo que tudo não passava de um engano... Um crente forte e bem alicerçado, por outro lado, defenderia a verdade de Deus mesmo contra os inimigos mais fortes e sagazes; ou, pelo menos, apegar-se-ia firmemente a ela. ”








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