A RELIGIÃO E A REGRA DA MAIORIA
“A religião verdadeira e pura e o culto de Deus não são estabelecidos pela maioria dos cidadãos, nem pelo peso do voto dos homens, mas apenas pela Palavra de Deus, segundo a devoção dos homens à fé” (Johannes Althusius)
Em matéria política, diz-se que a
vontade da maioria deve prevalecer. Ao menos, essa é a posição dos países que
adotam o regime democrático, ou seja, da maioria das nações ocidentais.
Em matéria de fé, o padrão não pode
ser a maioria ou a vontade geral. A vontade humana aumentada numericamente não
se torna boa pela quantidade. A quantidade não se transforma em qualidade.
Enquanto na ciência se valoriza a
razão e na política se valoriza a vontade (da maioria), na religião o que vale
é a revelação.
Não é convincente o argumento das
igrejas liberais de que a prática libertina de seus membros e a sua forma
profana de culto é adotada pela maioria das igrejas. Depois da chegada da
apostasia profetizada pelo apóstolo Paulo, devemos desconfiar da maioria e procurar
a verdade em um remanescente fiel.
Também se deve desconfiar de
novidades em matéria religiosa. Se, no campo tecnológico, prestigia-se o modelo
mais novo ou moderno, a mesma coisa não vale para a religião.
Em matéria religiosa, devemos buscar
o que é antigo. Muito mais importante do que o que é defendido pela maioria
hoje (e que não será mais a posição da maioria de amanhã) é aquilo que tem tido
continuidade histórica. O fator temporal (continuidade, permanência) é mais
importante do que o fator espacial (a maioria em um determinado tempo).
A nossa regra de fé é a Palavra de
Deus. Escudados nela, devemos estar preparados para resistir a todos!
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