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sábado, 18 de junho de 2016

DIA 18 DE JUN 2016: RAZÃO SIMPLES ( REV. GLAUCO BARREIRA M.FILHO )


RAZÃO SIMPLES
Por: Glauco Barreira M. Filho

Quando Lutero esteve na Dieta de Worms fazendo a defesa de suas convicções, ele afirmou que somente a Escritura era infalível. Observou que papas e concílios não poderiam ser infalíveis, pois muitas vezes se contradisseram. Lutero argumentou que, se queriam a sua retratação, deveriam convencê-lo de seu erro pela Escritura ou pela “razão simples”.
Lutero falou em “razão simples” para lembrar o princípio lógico da não-contradição. De acordo com esse princípio, uma coisa não pode ser ela e o que nega ela ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. Negar esse princípio é negar a própria razão. Lutero, então, queria que lhe explicassem como vários papas ou concílios poderiam estar simultaneamente certos, visto que um negava as afirmações do outro.
Uma das coisas que mais levanta críticas contra o catolicismo são suas posições contraditórias ao longo da história. Os apologistas do catolicismo se vêem em inúmeras dificuldades com isso, principalmente porque proclamam a infalibilidade da igreja e do papado.
Os evangélicos de hoje, porém, estão mudando com uma rapidez muito maior que o catolicismo. Apesar de a visão da Reforma ter se mantido estável por muito tempo, o secularismo tem invadido igrejas que se professam protestantes ou evangélicas a ponto de elas estarem mudando a todo instante. Tais igrejas já adotaram danças, feminismo, rock.... Todos os valores são relativizados. Igrejas de pouco tempo de existência são anualmente diferentes. O pior de tudo é que essas pessoas não se envergonham das mudanças, nem procuram justificativas, mas simplesmente afirmam que a igreja tem que se contemporizar.
Para essas igrejas relativistas, o pecado é uma noção cultural que varia com o tempo. Elas não se dão conta de que Deus, que abomina o pecado, é imutável. Isso, porque, lá no fundo, elas não acreditam em Deus. Tudo não passa de uma terapia, de um clube e, muitas vezes, de um negócio.
 Essas igrejas não apenas repudiam as Escrituras, mas também a razão, ao negarem o princípio lógico da não-contradição. Lutero não teria o que dizer a uma cristandade que não satisfeita em perder a Escritura, perdeu também a razão! Deus tenha misericórdia de nós!   

SOLI DEO GLORIA!

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Um comentário:

  1. Lutero estaria estupefato com a magnitude do relativismo presente meio evangélico, no século XXI. Aprendo muito com você, Pastor Glauco. Deus abençoe sua vida hoje e sempre

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