Início

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O ANTIGO QUE PERMANECE NOVO: SANTOS ANELOS


“O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Isaías 1: 3)

Nos dias atuais, a Europa, palco de inúmeros avivamentos espirituais no passado, vive em ateísmo prático. As pessoas não confessam nem negam lá a existência de Deus, elas simplesmente vivem como se Ele não existisse.
Esse tipo de mentalidade também é comum entre nós em círculos universitários mais arrogantes. O que, entretanto, prevalece na América Latina e nos EUA não é a indiferença para com Deus, mas o uso de seu nome para fins pessoais. Entre a indiferença dos europeus e a instrumentalização da figura de Deus feita pelos americanos (em sentido amplo), eu não sei o que é pior.
Através da teologia da prosperidade, as pessoas fazem de Deus um banco de investimento ou uma aposta de sorte. Se as pessoas devem ser amadas e as coisas devem ser usadas (como disse o filósofo Martin Buber), então, Deus foi rebaixado de sua condição de pessoa infinita para ser tratado como coisa pelas pessoas.
Alguns psicólogos falam das vantagens psíquicas de se crer em Deus mesmo que ele não exista. Deus passou a importar como condição de saúde mental, sendo pouco relevante indagar a sua realidade.
A Bíblia mostra que Deus é real. Ele é o eterno EU SOU. Deus deve ser buscado pelo que ele é, não pelo que pode dar. Devemos em tudo dar graças como fez Jô. Devemos amar o ser de Deus como Davi o expressou em seus salmos. O homem só encontrará a Deus se o buscar de todo o coração.
Nós fomos criados para Deus e só nele seremos o que fomos projetados para ser. Sem Deus, a vida humana não tem sentido, principalmente em razão da morte.
Precisamos de uma piedade vital na qual se busque a santidade porque Deus é santo, a justiça porque ele é justo, a pureza porque ele é puro. Precisamos desejar uma profunda comunhão com Deus e não meros arrepios emocionais. Precisamos de mais profundidade, mais realidade, mais peso de glória.
É hora de conhecermos o quebrantamento e a contrição, a meditação contemplativa e o silêncio eloqüente. É hora de reverenciarmos a majestade de Deus, de reconhecermos a autoridade de sua palavra, de tremermos em sua presença.
Não podemos brincar de igreja.  Os aventureiros não podem ser pastores. O cântico não pode se sobrepor à palavra. Os cultos de oração não podem estar vazios. A escola dominical não pode ser superficial.
Nós devemos querer mais de Deus porque Deus quer mais de nós. Devemos esperar mais de Deus porque Deus espera mais de nós!

Pr. Glauco Barreira M. Filho

Nenhum comentário:

Postar um comentário