A Bíblia diz que
a razão do homem caído está fora de eixo, por isso o homem não é tão
inteligente para as coisas divinas como o é para coisas humanas.
“Dizendo-se
sábios, tornaram-se loucos.” (Romanos 1: 22)
“Não
há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.” (Romanos 3: 11)
“Ora,
o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I
Cor. 2: 14)
Em certo sentido, nem mesmo antes da
queda, o homem alcançou o pleno conhecimento de Deus pela razão. Sempre foi
necessária uma auto-revelação de Deus. No entanto, a razão humana era apta para
reconhecer a revelação e acompanhar a sua lógica. Agora, o homem caído sempre
está pondo em dúvida a revelação, quando não está deliberadamente contra ela.
Isso se dá, principalmente, porque a carne oferece a mente argumentos. A
vontade cativa do pecado, indisposta ao arrependimento, perverte a razão
natural. O velho homem “se corrompe pelas concupiscências do engano” (Efésios
4: 22).
A principal razão de as pessoas não
aceitarem a verdade não é basicamente intelectual, mas é moral (II
Tessalonicenses 2: 12). Apenas a desculpa é intelectual.
Dentro dessas condições, o homem só pode
vir a Cristo se for persuadido pelo Espírito Santo:
“E,
quando ele (Espírito Santo) vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e
do juízo” (João 16: 8)
A persuasão do Espírito é mais moral e
pessoal do que intelectual e geral.
O crente deve pregar, argumentar e
persuadir, mas deve estar convicto de que não é sua habilidade retórica que vai
convencer o homem do pecado. É a unção do Espírito que faz penetrante o
argumento. Na pregação, o que vale é “lógica em chamas” (Martin Lloyd-Jones). Se
nós pensarmos na capacidade de nossa argumentação já perdemos a unção. Devemos
depender do Espírito para convencer o pecador a vir à fé:
“Mas,
quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele
Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim. E vós também
testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.” (João 15: 26, 27)
“Porque,
andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição de
fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de
Cristo.” (I Cor. 10: 3- 5)
O que precisamos não é ampliar os nossos
conhecimentos filosóficos, nem desenvolver habilidades retóricas, mas, sim,
buscar o poder do Espírito Santo, ser tocados pelo fogo pentecostal.
“Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins
da terra.”(Atos 1: 8)
Nenhum comentário:
Postar um comentário