“E
eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”. Lucas 24.49.
“Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas...” Atos 1.8ª.
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Esta lei é
escrita em letras maiúscula em toda história do evangelismo. Não há
substituição para este poder. Uma personalidade dinâmica, atraente e gentil tem
muita força em influenciar homens; porém estas qualidades não substituem o
poder do Espírito. Eloquência e melodia de voz em cantar ou falar podem
arrebatar temporariamente: porém é requerido o poder de Deus para tirar os
homens dos seus pecados e regenerá-los. Profundos conhecimentos e cultura
erudita em si mesmo tem grande valor para atraírem intelectualmente a Cristo e
construírem Seu Reino glorioso na terra: porém nada disto toma o lugar do poder
divino.
“O Espírito de Deus tem afinidade especial com uma mente treinada”.
Gentileza e amabilidade muito se avantajam na tarefa celeste de trazer homens
ao conhecimento completo da vida em Cristo; mas não são suficientes em si
mesmas. Todas estas coisas têm que ser vitalizadas e tornadas poderosas pela
dinâmica Terceira Pessoa da Trindade.
Há, porém, certas condições
espirituais necessárias para sermos revestidos deste poder. Elas constituem o
preço que a alma paga por esta unção divina.
1 – Apreensão espiritual, compreensão intelectual e apropriação
psíquica da vida e significação da palavra de Deus.
2 – Temos de ser o mais possível, completos e perfeitos em nossa vida
de obediência à vontade inteira de Deus, se formos cheios do Espírito.
3 – Uma entronização íntima e psíquica de Jesus Cristo como nosso
Senhor e Mestre, é condição vital para a vinda de poder sobre nós, no
empreendimento de grandes serviços (João 7.37-39)
4 – É nisto que se manifesta a utilidade celestial de uma compaixão
espiritual do poder de Deus para conquistar almas, jamais podemos menosprezar a
grande necessidade de orações e súplicas persistentes e fervorosas para a
aquisição de poder (Lucas 11.13). Devemos não somente receber o Espírito Santo,
mas ainda orar pelo seu revestimento. (Lucas 24.49; Atos 1.4 e Atos 2.1 e 42).
A oração abre nossos corações,
faz-nos submissos à vontade de Deus e condiciona as almas de tal modo, que o
Espírito pode enchê-las com Seu poder. A ansiedade de Deus (Lucas 11.13) para
dar-nos o Espírito não afasta a necessidade de orar por este poder. Deus tem
prometido definitivamente um Pentecoste de poder aos discípulos de Cristo. Mas
esta promessa não neutraliza a necessidade dos dez dias de uma espera
(=expectativa) espiritual antes do Pentecostes. Tinham de orar para ver o
cumprimento da promessa do Pai. E é assim.
Pentecoste não vem para os
crentes que não suplicam.
6 - É necessário estarmos dispostos a tomar parte
nas aflições e sacrifícios do Evangelho.
FAZ DIFERENÇA
Quando possuímos esta unção
espiritual, logo se faz diferença em tudo ao redor. Ela lubrifica todo o
mecanismo interior da vida. Remove a atenção, a preocupação, a irritação e o
medo. Aumenta dez vezes mais a eficiência espiritual, nossa oportunidade e o
resultado de nosso serviço.
Multiplica o gozo de
trabalhar. A pregação, o ensino, o testemunho, todas as artes celestes são mais
suaves e fáceis. Multidões esperançosas encherão os bancos vazios, os perdidos
buscarão o nosso ministério e mil oportunidade de servir abrir-se-ão. Paguemos,
portanto, o preço do céu por este grande poder.
O MODO DE OBTER
“Enchei-vos do Espírito! ” É
mandamento do Salvador ressuscitado, cujo Pai está mais disposto a dar-nos o
Espírito do que nós somos dispostos a dar boas dádivas aos nossos filhos.
É uma oração para ser feita.
(Lucas 11.13; Atos 4:31)
É um mandamento para ser
obedecido. (João 16.7 e Atos 1.8)
É uma vida para ser ofertada.
(Salmo 110.3)
É um Cristo para ser
entronizado, (João 7.39)
Em síntese, orar, obedecer,
apropriar, oferecer-se, entronizar Cristo e avançar para conquistar em Seu
poder é ter certeza de que o Pentecostes seguirá em sua retaguarda.
(Coleção Vida
Vitoriosa.)
Publicada
no “O JORNAL BATISTA” fundado em janeiro de 1901, extraído da edição N. 14 - De
6 de abril de 1950.
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